Carboidrato: o vilão das dietas?
- Juliana Lima
- 12 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
Diminuir o consumo do carboidrato é a principal função da dieta Low carb, que vem ganhando cada dia mais adeptos pelo resultado rápido na perda de peso. Apesar de parecer novidade a dieta surgiu em 1970 com a famosa dieta do dr. Atkins. Inicialmente a dieta era baseada em carnes, ovos e bacon, rica em gorduras saturadas.
A versão mais moderna da dieta Low carb é focada no alto consumo de proteínas e restritas ás gorduras saturadas. Coloca no carboidrato a responsabilidade pelo ganho de peso e assim, massas e cereais devem ser restritos na alimentação.
A explicação é que o nutriente estimularia a secreção de insulina, que, quando está alta, incentiva os estoques de gordura. Ou seja, para essa dieta, retirar o carboidrato diminui a insulina no corpo, favorecendo a queima de gordura, e consequentemente, o emagrecimento.
E a dieta Low carb é eficaz, a curto prazo. O emagrecimento não ocorre apenas pela restrição de carboidratos, a quantidade total de calorias ingeridas é a verdadeira responsável pelo emagrecimento. A restrição do carboidrato ou qualquer outro nutriente é entendido pelo corpo como uma agressão, e o corpo irá se defender diminuindo o metabolismo e aumentando o apetite. Resultando em estagnação no peso ou/e ganho do peso perdido.
O emagrecimento está relacionado com a reeducação alimentar, hábitos alimentares saudáveis e mudança no estilo de vida.
Alem do mais a dieta demanda a retirada de alimentos tradicionais como pães, massas, cereais e leguminosas. O que certamente gerará frustrações.
A restrição de carboidratos na dieta pode ocasionar mal-estar, dor de cabeça e dificuldade de concentração. Tudo porque a glicose vinda dos carboidratos é a principal fonte de energia do cérebro. A pessoa que adere a essa dieta também pode ficar mal-humorada, uma vez que o carboidrato participa da produção de serotonina, o neurotransmissor que estimula o bom humor.
Nenhuma dieta restritiva é boa para o relacionamento com a comida. Nenhum alimento é vilão ou mocinho ou pode ser o responsável pelos níveis elevados de obesidade do mundo.
O que se deve manter é um equilíbrio na alimentação, na pratica, há de se usar o bom senso, procurando aquilo que cada nutriente e alimento guarda de melhor.
O mais importante é que cada pessoa aprenda a comer, de forma a adequar as escolhas alimentares, as suas necessidades e estilos de vida.
Sabendo à proporção que deve ser consumida de cada grupo alimentar será mais fácil manter uma alimentação variada e saudável.
Evite alimentos industrializados, priorize alimentos in natura. Alimentos industrializados carregam consigo aditivos químicos e conservantes que prejudicam a saúde.
Variedade e prazer são as chaves para quem deseja fazer as pazes com o próprio corpo, comendo um pouco de tudo, com equilíbrio e moderação consegue-se controlar o peso, ganhar e manter a saúde e o ato de comer volta a ser um prazer.
Cuide-se com carinho e valorize acima de tudo a sua saúde. Seu corpo merece atenção especial.

Comentários